Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
Explicação
Esse trecho diz que o Presidente da República não pode receber permissão para fazer leis sobre nacionalidade, cidadania e direitos individuais, políticos e eleitorais. Essas matérias são consideradas tão importantes que só podem ser tratadas diretamente pelo Congresso Nacional, seguindo um processo mais rigoroso.
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Perguntas Frequentes
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Explicação do Trecho
Explicação
Esse trecho diz que o Presidente da República não pode receber permissão para fazer leis sobre nacionalidade, cidadania e direitos individuais, políticos e eleitorais. Essas matérias são consideradas tão importantes que só podem ser tratadas diretamente pelo Congresso Nacional, seguindo um processo mais rigoroso.
Perguntas
O que são direitos individuais, políticos e eleitorais?
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Direitos individuais são aqueles que cada pessoa tem só por ser gente, como o direito à vida, à liberdade e à privacidade. Direitos políticos são os que permitem que a pessoa participe das decisões do país, como votar e ser votado. Direitos eleitorais são as regras e garantias para que as pessoas possam votar e ser candidatas em eleições. Tudo isso é protegido porque são coisas muito importantes para todos.
Direitos individuais são garantias básicas que cada pessoa tem, como a liberdade de expressão, o direito de ir e vir, e a proteção contra abusos do governo. Eles servem para proteger o cidadão no dia a dia.
Direitos políticos são aqueles que permitem que as pessoas participem da vida política do país, como votar, ser votado, se filiar a partidos políticos e participar de eleições.
Já os direitos eleitorais são um tipo de direito político, mas mais focados nas regras das eleições: quem pode votar, quem pode ser candidato, como funciona o processo eleitoral, etc.
Esses direitos são considerados fundamentais porque garantem a liberdade e a participação das pessoas no governo.
Direitos individuais referem-se às garantias fundamentais inerentes à pessoa humana, asseguradas constitucionalmente, como liberdade, igualdade e inviolabilidade da vida privada.
Direitos políticos são prerrogativas que permitem ao cidadão participar da vida política do Estado, especialmente por meio do sufrágio ativo e passivo, filiação partidária e exercício de cargos públicos eletivos.
Direitos eleitorais compreendem o conjunto de normas e garantias relacionadas ao processo eleitoral, abrangendo o direito de votar, de ser votado e de participar do processo democrático, nos termos da legislação vigente.
Os direitos individuais, insculpidos no rol dos direitos e garantias fundamentais, constituem prerrogativas inalienáveis e imprescritíveis do indivíduo, assegurando-lhe a dignidade da pessoa humana e a proteção contra arbítrios estatais, nos moldes do artigo 5º da Constituição Federal.
Os direitos políticos, por sua vez, consubstanciam-se nas faculdades jurídicas que viabilizam a participação do cidadão na res publica, seja pelo exercício do sufrágio universal, seja pela elegibilidade, nos estritos termos da legislação constitucional e infraconstitucional.
No que tange aos direitos eleitorais, estes configuram o substrato normativo que disciplina o processo eleitoral, compreendendo o jus suffragii e o jus honorum, bem como as condições de elegibilidade e inelegibilidade, de modo a preservar a higidez do regime democrático e a lisura dos pleitos.
Por que questões de nacionalidade e cidadania são consideradas tão sensíveis na legislação?
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Questões de nacionalidade e cidadania são consideradas sensíveis porque dizem respeito a quem faz parte do país e quais direitos as pessoas têm. Essas regras afetam a vida de todos e podem mudar quem pode votar, trabalhar ou viver no Brasil. Por isso, só o Congresso pode decidir sobre isso, para garantir que haja mais discussão e cuidado antes de mudar alguma coisa.
A nacionalidade e a cidadania são temas delicados porque definem quem pertence ao país e quais direitos e deveres as pessoas têm. Por exemplo, decidir quem pode ser brasileiro ou quem pode votar são decisões que influenciam toda a sociedade. Por serem tão importantes, a Constituição exige que apenas o Congresso Nacional, que representa o povo, trate dessas questões. Isso garante que as mudanças nessas áreas passem por um debate mais amplo e cuidadoso, evitando decisões precipitadas ou autoritárias.
Matérias relativas à nacionalidade e cidadania são consideradas sensíveis na legislação porque envolvem a definição do corpo político do Estado, a titularidade de direitos e deveres fundamentais e a participação no processo democrático. Por esse motivo, a Constituição Federal de 1988 veda a delegação legislativa sobre tais temas ao Presidente da República, reservando sua apreciação exclusiva ao Congresso Nacional, a fim de assegurar maior legitimidade, controle e debate parlamentar.
As questões atinentes à nacionalidade e à cidadania ostentam natureza de elevada sensibilidade jurídica, porquanto concernem à própria tessitura do Estado e à definição do seu povo, elemento essencial à conformação da soberania nacional. Em razão de sua magnitude e reflexos sobre o status civitatis, a Constituição da República, em seu art. 68, §1º, veda a delegação legislativa sobre tais matérias, reservando-as ao crivo do Parlamento, locus de maior representatividade e legitimação democrática, em consonância com os cânones do Estado Democrático de Direito e a salvaguarda dos direitos fundamentais.
O que significa "legislação sobre nacionalidade"?
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"Legislação sobre nacionalidade" quer dizer todas as regras e leis que dizem quem pode ser considerado brasileiro ou não. Isso inclui, por exemplo, quem nasce no Brasil, quem pode pedir para virar brasileiro, e como alguém pode perder ou ganhar a nacionalidade brasileira.
Quando falamos em "legislação sobre nacionalidade", estamos nos referindo ao conjunto de regras que definem quem é considerado cidadão brasileiro. Por exemplo, a lei diz se uma pessoa que nasceu no Brasil é automaticamente brasileira, ou se alguém que nasceu em outro país pode pedir para se tornar brasileiro. Também trata de situações em que alguém pode perder ou recuperar a nacionalidade. Essas regras são importantes porque determinam quem tem direitos e deveres no Brasil.
A expressão "legislação sobre nacionalidade" refere-se ao conjunto normativo que disciplina os critérios de aquisição, perda e reaquisição da nacionalidade brasileira, conforme previsto na Constituição Federal e em leis infraconstitucionais. Trata-se das normas que estabelecem quem são os nacionais brasileiros, seja por nascimento ou por naturalização, e as hipóteses em que a nacionalidade pode ser retirada ou restituída.
A legislação atinente à nacionalidade compreende o arcabouço normativo que regula os pressupostos, modos e efeitos concernentes à aquisição, perda e reaquisição da condição de nacional brasileiro, seja iure soli ou iure sanguinis, bem como as hipóteses de naturalização, nos estritos termos delineados pela Constituição da República e legislação correlata. Trata-se de matéria de índole eminentemente constitucional, cuja disciplina compete precipuamente ao Poder Legislativo, vedada a delegação, ex vi do art. 68, § 1º, da Carta Magna.