Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Explicação
O Senado Federal é o órgão responsável por definir quanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem dever por meio de títulos públicos (dívida mobiliária) e em quais condições isso pode acontecer. Isso significa que existe um controle para evitar que essas dívidas fiquem fora de controle e prejudiquem a economia do país.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
O Senado Federal é o órgão responsável por definir quanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem dever por meio de títulos públicos (dívida mobiliária) e em quais condições isso pode acontecer. Isso significa que existe um controle para evitar que essas dívidas fiquem fora de controle e prejudiquem a economia do país.
Perguntas
O que é dívida mobiliária?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Dívida mobiliária é o dinheiro que o governo (como Estados, Municípios ou o Distrito Federal) pega emprestado vendendo papéis chamados títulos. Quem compra esses papéis está emprestando dinheiro para o governo, que promete pagar depois com juros. É como se o governo pegasse dinheiro emprestado de várias pessoas ao mesmo tempo.
Dívida mobiliária é o nome dado ao dinheiro que o governo arrecada quando emite títulos públicos, que são papéis vendidos para pessoas, empresas ou bancos. Quem compra esses títulos está, na prática, emprestando dinheiro ao governo, que se compromete a devolver esse valor com juros em uma data futura. Por exemplo, quando você compra um título do Tesouro Direto, está ajudando a formar a dívida mobiliária do país. Esse mecanismo é uma forma de o governo captar recursos para financiar suas atividades, como obras e serviços públicos, sem precisar aumentar impostos imediatamente.
Dívida mobiliária corresponde ao passivo público representado por títulos emitidos pelo ente federativo (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios) no mercado financeiro, com o objetivo de captar recursos junto a terceiros. Tais títulos podem ser de curto, médio ou longo prazo e são negociados no mercado de capitais, constituindo obrigação futura de pagamento de principal e juros pelo ente emissor.
Dívida mobiliária, ex vi legis, consubstancia-se no conjunto das obrigações pecuniárias assumidas pelo ente federativo mediante a emissão de títulos representativos de crédito, circuláveis no mercado financeiro, conforme preceitua o art. 29, inciso III, da Lei nº 4.320/64 e o art. 52, IX, da Constituição Federal. Trata-se de passivo fundado em títulos mobiliários, diferenciando-se da dívida fundada de natureza contratual, sendo instrumento de captação de recursos mediante a alienação de valores mobiliários, sujeita à regulação e aos limites impostos pelo Senado Federal, ad referendum do controle macroeconômico e da responsabilidade fiscal.
Por que é importante estabelecer limites para a dívida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
É importante colocar limites nas dívidas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para evitar que eles gastem mais do que podem pagar. Se cada um pudesse pegar dinheiro emprestado sem controle, poderiam acabar devendo tanto que não conseguiriam pagar, o que traria problemas para todo o país, como falta de dinheiro para serviços públicos e até aumento da inflação. Os limites ajudam a manter as contas organizadas e a economia mais segura.
Estabelecer limites para a dívida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é fundamental para garantir que esses governos não gastem mais do que arrecadam. Imagine se uma família pudesse pegar empréstimos sem nenhum tipo de controle: em pouco tempo, as dívidas poderiam ficar tão grandes que não seria possível pagar, gerando problemas para todos da casa. No caso dos governos, o risco é ainda maior, pois dívidas excessivas podem prejudicar serviços públicos, dificultar investimentos e até afetar a economia nacional. Por isso, o Senado Federal define limites e condições para essas dívidas, buscando equilíbrio e responsabilidade nas finanças públicas.
A fixação de limites para a dívida mobiliária dos entes subnacionais visa assegurar a responsabilidade fiscal e a sustentabilidade das contas públicas, prevenindo o comprometimento excessivo das receitas com o serviço da dívida. Tal medida busca evitar riscos de insolvência, desequilíbrios macroeconômicos e impactos negativos sobre a estabilidade financeira do Estado brasileiro. O controle centralizado pelo Senado Federal permite uniformidade de critérios e resguarda o interesse público nacional.
A imposição de balizas normativas ao endividamento mobiliário dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, consoante o disposto no art. 52, IX, da Constituição da República, revela-se medida de prudência fiscal e de tutela do equilíbrio federativo. Tal competência privativa do Senado Federal consubstancia-se como instrumento de contenção da prodigalidade administrativa e de salvaguarda da solvabilidade dos entes federados, obtemperando-se, assim, aos princípios da moralidade, da eficiência e da responsabilidade na gestão da res publica, ex vi do art. 37 da Carta Magna. Destarte, a limitação do endividamento subnacional emerge como corolário da necessária harmonia entre os entes federativos e da preservação do interesse público primário.
O que são títulos públicos nesse contexto?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Títulos públicos, nesse caso, são papéis que o governo dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios vende para conseguir dinheiro emprestado das pessoas ou empresas. Quem compra esses papéis está emprestando dinheiro para o governo e, depois de um tempo, recebe esse dinheiro de volta com juros. É uma forma de o governo pegar dinheiro emprestado para fazer obras ou pagar contas.
Títulos públicos são instrumentos que o governo utiliza para captar recursos junto ao público. Funciona assim: quando um Estado, o Distrito Federal ou um Município precisa de dinheiro para investir em obras, serviços ou para pagar dívidas, ele pode emitir títulos públicos. Esses títulos são como promissórias: o governo promete pagar, em uma data futura, o valor que a pessoa ou empresa emprestou, acrescido de juros. Assim, quem compra um título público está, na prática, emprestando dinheiro ao governo e, em troca, recebe uma remuneração. Esse mecanismo é chamado de dívida mobiliária porque envolve valores mobiliários negociáveis no mercado.
No contexto do art. 52, IX, da CF/88, títulos públicos referem-se aos valores mobiliários emitidos pelos entes federativos (Estados, Distrito Federal e Municípios) com o objetivo de captar recursos financeiros no mercado. A emissão desses títulos constitui dívida mobiliária, ou seja, obrigações financeiras assumidas mediante a colocação de títulos no mercado, os quais representam promessa de pagamento futuro, com ou sem remuneração de juros, conforme as condições estabelecidas em lei e regulamento.
No desiderato do artigo 52, inciso IX, da Carta Magna, os títulos públicos consubstanciam-se em valores mobiliários exarados pelos entes subnacionais, a saber, Estados, Distrito Federal e Municípios, com vistas à captação de numerário junto ao mercado financeiro, constituindo, destarte, dívida mobiliária. Tais instrumentos, de natureza obrigacional, representam promessa de adimplemento pecuniário futuro, ordinariamente acrescido de juros, sendo sua emissão, condições e limites subordinados ao crivo normativo do Senado Federal, ex vi do comando constitucional supramencionado, em consonância com os princípios da responsabilidade fiscal e do equilíbrio federativo.
Quais condições podem ser estabelecidas pelo Senado para essas dívidas?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
O Senado pode decidir quanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem pegar emprestado usando títulos (que são como promessas de pagamento). Ele também pode escolher as regras para esses empréstimos, como quanto tempo pode demorar para pagar, quanto de juros pode ser cobrado e de que forma o dinheiro pode ser usado. Tudo isso serve para evitar que governos gastem mais do que podem pagar.
O Senado Federal tem o papel de controlar o quanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem se endividar por meio da emissão de títulos públicos, que são chamados de dívida mobiliária. Além de definir um limite total para essas dívidas, o Senado pode estabelecer condições, como o prazo máximo para pagamento, a taxa de juros permitida, as garantias exigidas e até mesmo o destino dos recursos obtidos. Por exemplo, pode determinar que a dívida só pode ser feita para investir em infraestrutura, e não para pagar despesas do dia a dia. Essas regras ajudam a manter a saúde financeira dos governos locais e proteger a economia do país.
Nos termos do art. 52, IX, da CF/88, compete privativamente ao Senado Federal estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. As condições que podem ser fixadas incluem, entre outras, prazos de vencimento, taxas máximas de juros, formas de amortização, garantias exigidas, destinação dos recursos captados, limites percentuais em relação à receita corrente líquida e demais parâmetros que visem assegurar a sustentabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas subnacionais.
Ex vi do disposto no art. 52, inciso IX, da Constituição da República, incumbe ao Senado Federal, no exercício de sua competência privativa, a fixação de limites globais e condições atinentes ao montante da dívida mobiliária dos entes subnacionais. Tais condições abarcam, inter alia, a estipulação de prazos de exigibilidade, taxas nominais e efetivas de remuneração, modalidades de amortização, requisitos de garantia, destinação vinculada dos recursos, bem como quaisquer outros parâmetros normativos que se revelem necessários à manutenção do equilíbrio fiscal, à observância do princípio da responsabilidade na gestão pública e à tutela do interesse público subjacente à solvabilidade das obrigações financeiras dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.