Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
e) Procurador-Geral da República;
Explicação
O Senado Federal tem a função exclusiva de aprovar, por meio de votação secreta e após uma sabatina pública, a indicação feita para o cargo de Procurador-Geral da República. Isso significa que ninguém pode assumir esse cargo sem a autorização prévia dos senadores.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
O Senado Federal tem a função exclusiva de aprovar, por meio de votação secreta e após uma sabatina pública, a indicação feita para o cargo de Procurador-Geral da República. Isso significa que ninguém pode assumir esse cargo sem a autorização prévia dos senadores.
Perguntas
O que faz o Procurador-Geral da República?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
O Procurador-Geral da República é o chefe dos promotores que trabalham para defender as leis do país. Ele representa o Ministério Público em casos importantes, como processos contra políticos e autoridades. Também pode pedir investigações e defender os direitos das pessoas. Ele só pode assumir o cargo se for aprovado pelo Senado.
O Procurador-Geral da República é o principal responsável pelo Ministério Público Federal. Ele atua como uma espécie de "advogado da sociedade", defendendo as leis e a Constituição. Por exemplo, se um presidente comete um crime, é o Procurador-Geral que pode pedir investigação. Ele também protege direitos dos cidadãos e age em casos que envolvem o interesse público. Para ocupar esse cargo, a pessoa indicada pelo Presidente da República precisa ser aprovada pelo Senado, que faz uma entrevista pública (sabatina) e depois vota secretamente.
O Procurador-Geral da República é o chefe do Ministério Público da União, responsável por atuar perante o Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e outros tribunais superiores, promovendo ações penais de competência desses órgãos, especialmente contra autoridades com foro privilegiado. Compete-lhe, ainda, a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127 da CF/88. Sua nomeação é feita pelo Presidente da República, condicionada à aprovação prévia do Senado Federal, conforme art. 52, III, "e", da CF/88.
O Procurador-Geral da República, ex vi do disposto no art. 127, caput, da Constituição Federal de 1988, é o titular da chefia do Ministério Público da União, incumbindo-lhe o munus de velar pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Sua investidura no cargo demanda prévia aprovação pelo Senado Federal, mediante votação secreta e arguição pública, a teor do art. 52, III, "e", da Carta Magna. Outrossim, compete-lhe oficiar nos feitos de competência do Supremo Tribunal Federal, notadamente em ações penais originárias e no controle concentrado de constitucionalidade, exercendo, destarte, papel de suma relevância no sistema de freios e contrapesos da República.
O que é uma arguição pública?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Uma arguição pública é uma espécie de entrevista aberta, feita em público, onde os senadores fazem perguntas para a pessoa indicada a um cargo importante, como o de Procurador-Geral da República. Todo mundo pode assistir, e a ideia é saber se essa pessoa está preparada para o trabalho.
A arguição pública, também chamada de sabatina, é uma etapa em que o indicado para um cargo relevante, como o de Procurador-Geral da República, é chamado ao Senado para responder perguntas dos senadores. Essa sessão é aberta ao público, podendo ser acompanhada por qualquer cidadão, inclusive pela imprensa. O objetivo é avaliar a capacidade, o conhecimento e a postura do indicado, garantindo transparência e permitindo que a sociedade acompanhe o processo.
Arguição pública consiste na sessão realizada por comissão do Senado Federal, na qual o indicado a determinados cargos, como o de Procurador-Geral da República, é submetido a questionamentos dos parlamentares acerca de sua trajetória, conhecimentos e posicionamentos. Trata-se de etapa prévia e obrigatória à deliberação sobre sua aprovação, conforme previsto no art. 52, III, da CF/88.
A arguição pública, nos moldes do art. 52, inciso III, da Constituição da República, consubstancia-se em solene procedimento de inquirição, levado a efeito perante comissão competente do Senado Federal, em sessão pública, na qual o postulante à investidura em cargos de elevada relevância estatal, a exemplo do Procurador-Geral da República, submete-se ao crivo inquisitivo dos senadores, visando aferir sua idoneidade moral, notório saber jurídico e aptidão funcional, tudo sob o pálio da publicidade e do controle democrático, antes da ulterior deliberação secreta acerca de sua aprovação.
Por que a votação para aprovar o Procurador-Geral da República é secreta?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
A votação é secreta para que cada senador possa escolher livremente, sem medo de sofrer pressão ou represálias de outras pessoas ou grupos. Assim, eles podem votar de acordo com o que acham melhor para o país, sem se preocupar em agradar alguém ou evitar problemas.
A votação secreta serve para proteger a independência dos senadores durante a escolha do Procurador-Geral da República. Imagine se o voto fosse aberto: um senador poderia se sentir pressionado pelo governo, partidos, colegas ou até por grupos de interesse. Com o voto secreto, ele pode decidir com mais liberdade, pensando no que é melhor para o país e para o cargo, sem medo de retaliações ou cobranças pessoais. É uma forma de garantir que a decisão seja realmente consciente e autônoma.
A exigência de votação secreta para aprovação do Procurador-Geral da República pelo Senado Federal, prevista no art. 52, III, "e", da CF/88, visa assegurar a liberdade de convicção dos parlamentares, evitando pressões externas, influências indevidas ou constrangimentos políticos. O procedimento busca garantir a independência funcional do Senado no exercício de sua competência privativa, especialmente na apreciação de cargos de alta relevância institucional.
A ratio essendi da votação secreta, ex vi do art. 52, inciso III, alínea "e", da Carta Magna, reside na salvaguarda da liberdade de consciência e de manifestação do animus deliberandi dos membros do Senado Federal, conferindo-lhes a necessária autonomia decisória, insulada de pressões heterônomas, sejam de ordem política, partidária ou social. Tal mecanismo visa preservar a higidez do processo de escolha dos detentores de cargos de envergadura constitucional, como o Procurador-Geral da República, resguardando, destarte, o princípio republicano e a independência dos Poderes.