Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88)
TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO IV - DAS REGIÕES
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
Explicação
A União pode organizar suas ações em áreas que tenham características econômicas e sociais parecidas, com o objetivo de promover o desenvolvimento dessas regiões e diminuir as diferenças entre elas. Isso significa que o governo federal pode criar estratégias específicas para ajudar regiões mais necessitadas a se desenvolverem.
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Explicação do Trecho
Explicação
A União pode organizar suas ações em áreas que tenham características econômicas e sociais parecidas, com o objetivo de promover o desenvolvimento dessas regiões e diminuir as diferenças entre elas. Isso significa que o governo federal pode criar estratégias específicas para ajudar regiões mais necessitadas a se desenvolverem.
Perguntas
O que é um "complexo geoeconômico e social" mencionado no artigo?
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Um "complexo geoeconômico e social" é um grupo de lugares que têm características parecidas, como o tipo de economia (por exemplo, agricultura, indústria) e o modo de vida das pessoas. Ou seja, são regiões que se parecem entre si em como as pessoas vivem e trabalham. O governo pode juntar essas áreas para planejar melhor o desenvolvimento e ajudar quem mais precisa.
Quando a Constituição fala em "complexo geoeconômico e social", está se referindo a áreas do país que compartilham características semelhantes, tanto no aspecto geográfico (como clima, relevo, localização) quanto no econômico (tipo de produção, riqueza, emprego) e social (nível de vida, acesso a serviços). Por exemplo, o sertão nordestino é um complexo geoeconômico e social porque as cidades ali têm desafios parecidos, como seca e pobreza. A ideia é que o governo possa tratar essas regiões de forma especial, criando políticas públicas que atendam suas necessidades específicas, ajudando a reduzir as desigualdades entre as diferentes partes do Brasil.
O termo "complexo geoeconômico e social", conforme disposto no artigo 43 da CF/88, refere-se a agrupamentos regionais que apresentam homogeneidade relativa quanto a fatores geográficos, econômicos e sociais. Tais complexos são delimitados para fins de planejamento e execução de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento regional e à redução das desigualdades. A identificação desses complexos permite à União articular ações administrativas específicas, considerando as peculiaridades de cada área.
O vocábulo "complexo geoeconômico e social", consoante preceitua o artigo 43 da Constituição da República, consubstancia-se em aglomerados territoriais dotados de similitude quanto aos aspectos geográficos, econômicos e sociais, ensejando, destarte, a possibilidade de atuação articulada da União, ex vi do princípio federativo e do desiderato de atenuação das disparidades regionais. Tal conceito, de feição eminentemente técnico-administrativa, serve de substrato para a implementação de políticas públicas diferenciadas, em consonância com o escopo maior de promoção do desenvolvimento nacional equilibrado, nos termos do magistério constitucional.
Por que é importante reduzir as desigualdades regionais no Brasil?
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Reduzir as desigualdades regionais no Brasil é importante porque, assim, todas as pessoas, de diferentes lugares do país, podem ter mais oportunidades e uma vida melhor. Se algumas regiões ficam muito para trás, as pessoas dali têm menos acesso a emprego, saúde, educação e outros serviços. Diminuir essas diferenças faz o país crescer de forma mais justa e equilibrada.
A redução das desigualdades regionais é fundamental para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a condições de vida semelhantes, independentemente de onde moram. Imagine que o Brasil é como uma grande família: se alguns irmãos têm muito e outros têm pouco, a convivência fica difícil e injusta. Ao investir mais em regiões menos desenvolvidas, o governo ajuda a criar empregos, melhorar escolas e hospitais, e dar mais oportunidades para todos. Isso torna o país mais unido, diminui problemas sociais e faz a economia crescer de forma mais equilibrada.
A redução das desigualdades regionais é um princípio constitucional que visa promover a justiça social e o desenvolvimento equilibrado do território nacional. Tal diretriz busca corrigir disparidades históricas entre diferentes áreas do país, garantindo acesso equitativo a serviços públicos, infraestrutura e oportunidades econômicas. A atuação da União, conforme o art. 43 da CF/88, objetiva fomentar políticas públicas diferenciadas para regiões menos favorecidas, promovendo coesão territorial e fortalecendo a federação.
A mitigação das desigualdades regionais consubstancia-se em desiderato constitucional de suma relevância, ínsito ao pacto federativo brasileiro, nos termos do art. 43 da Constituição da República. Tal mister visa propiciar a harmonização do desenvolvimento socioeconômico entre os distintos complexos geoeconômicos do território pátrio, corrigindo assimetrias históricas e promovendo a justiça distributiva. A atuação da União, nesse desiderato, revela-se como instrumento de efetivação do princípio da solidariedade e da coesão federativa, em consonância com os valores fundamentais do Estado Democrático de Direito.
Como a União pode articular sua ação nessas regiões, na prática?
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A União pode juntar esforços em regiões parecidas para ajudar no crescimento delas. Por exemplo, pode criar programas especiais, investir em obras e serviços ou dar incentivos para empresas nessas áreas. Assim, tenta diminuir as diferenças entre regiões mais ricas e mais pobres.
Na prática, a União pode criar políticas públicas específicas para regiões que tenham problemas ou necessidades parecidas. Por exemplo, se uma região tem pouca indústria e muita pobreza, o governo federal pode investir em infraestrutura, educação e oferecer benefícios fiscais para atrair empresas. Além disso, pode criar órgãos como as superintendências regionais (por exemplo, Sudene e Sudam) para coordenar essas ações. O objetivo é que essas áreas se desenvolvam mais e fiquem menos desiguais em relação ao restante do país.
A União, com fundamento no art. 43 da CF/88, pode articular sua atuação mediante a instituição de políticas públicas regionais, criação de órgãos ou entidades específicas (como superintendências de desenvolvimento regional), concessão de incentivos fiscais e financeiros, e execução de planos integrados de desenvolvimento socioeconômico. Tais medidas visam promover o desenvolvimento equilibrado e a redução das desigualdades regionais, respeitando a delimitação dos complexos geoeconômicos e sociais.
Ex vi do art. 43 da Constituição da República, a União detém competência para, em prol do desiderato de desenvolvimento e mitigação das disparidades regionais, proceder à articulação de sua atuação administrativa em territórios caracterizados por similitude geoeconômica e social. Tal mister pode se concretizar mediante a instituição de autarquias ou entidades paraestatais, a exemplo das já consagradas SUDENE e SUDAM, bem como pela implementação de planos plurissetoriais, concessão de incentivos fiscais e financeiros, e demais instrumentos de fomento, tudo sob o pálio do princípio federativo e da busca pela justiça social, em consonância com os postulados constitucionais da ordem econômica e social.