Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88)
TÍTULO III - Da Organização do Estado
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)(Regulamento)(Vigência)
Esse trecho diz que a lei deve definir como será feito o controle e a avaliação do desempenho dos gestores públicos, além de estabelecer quais são seus direitos, deveres e responsabilidades. Isso serve para garantir que os administradores cumpram metas e ajam de acordo com as regras estabelecidas em contrato com o poder público.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
Esse trecho diz que a lei deve definir como será feito o controle e a avaliação do desempenho dos gestores públicos, além de estabelecer quais são seus direitos, deveres e responsabilidades. Isso serve para garantir que os administradores cumpram metas e ajam de acordo com as regras estabelecidas em contrato com o poder público.
Perguntas
O que significa "critérios de avaliação de desempenho" nesse contexto?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
"Critérios de avaliação de desempenho" são regras ou maneiras de medir se um chefe ou gestor público está fazendo um bom trabalho. Por exemplo, pode ser ver se ele atinge as metas combinadas, se usa bem o dinheiro público ou se resolve os problemas do setor dele. É uma forma de checar se ele está cumprindo o que prometeu e se está trabalhando direito.
No contexto da lei, "critérios de avaliação de desempenho" são padrões ou parâmetros que servem para medir como está sendo o trabalho dos dirigentes públicos. Imagine como uma lista de itens que precisam ser cumpridos, como atingir certas metas, economizar recursos ou melhorar o atendimento à população. Esses critérios ajudam a verificar se o gestor está sendo eficiente, responsável e cumprindo o que foi combinado no contrato com o poder público. Por exemplo, se uma escola pública tem como meta aumentar a taxa de aprovação dos alunos, esse pode ser um critério de avaliação do diretor.
No contexto do art. 37, § 8º, da CF/88, "critérios de avaliação de desempenho" referem-se aos parâmetros objetivos e previamente estabelecidos que serão utilizados para aferir a atuação dos dirigentes dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, especialmente no cumprimento das metas fixadas em contrato de gestão. Tais critérios devem ser definidos em lei e servirão para mensurar a eficiência, eficácia e efetividade da gestão, possibilitando a responsabilização dos gestores em caso de descumprimento.
Os "critérios de avaliação de desempenho", consoante o disposto no art. 37, § 8º, da Carta Magna, consubstanciam-se em parâmetros normativos e objetivos, delineados ex ante pelo legislador infraconstitucional, com vistas à aferição da performance funcional dos dirigentes máximos dos entes e entidades integrantes da Administração Pública, no bojo dos contratos de gestão celebrados ad referendum do Poder Público. Tais critérios, de natureza vinculante, erigem-se como instrumentos de accountability e controle, ensejando, em caso de inobservância, a responsabilização civil, administrativa e, eventualmente, penal dos gestores, ex vi dos princípios da legalidade, eficiência e moralidade administrativa.
Para que serve definir os direitos e obrigações dos dirigentes em lei?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Definir os direitos e obrigações dos chefes no serviço público serve para deixar claro o que eles podem e devem fazer. Assim, todo mundo sabe o que esperar deles, o que eles precisam cumprir e o que acontece se não fizerem direito. Isso ajuda a evitar confusões e faz com que o trabalho seja mais justo e transparente.
Quando a lei define os direitos e obrigações dos dirigentes públicos, ela está estabelecendo regras claras sobre o que essas pessoas podem fazer, o que precisam fazer e de que forma devem agir. Pense como em um jogo: é preciso saber as regras para jogar corretamente. No caso dos gestores públicos, essas regras ajudam a garantir que eles trabalhem de forma eficiente, honesta e responsável, buscando sempre o melhor resultado para a população. Se eles não seguirem essas regras, podem ser responsabilizados. Assim, todos sabem como avaliá-los e o que esperar de sua atuação.
A definição legal dos direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes públicos visa delimitar o âmbito de atuação desses agentes, conferindo-lhes segurança jurídica quanto às suas atribuições e deveres. Tal previsão assegura transparência, controle e accountability, permitindo a avaliação de desempenho e a responsabilização em caso de descumprimento das metas pactuadas ou de violação dos princípios administrativos. Trata-se de instrumento fundamental para a efetividade da gestão pública e para a observância dos princípios previstos no art. 37 da CF/88.
A estipulação, em sede normativa, dos direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes das entidades integrantes da Administração Pública, ex vi do art. 37, § 8º, da Carta Magna, constitui corolário do princípio da legalidade e do postulado da segurança jurídica. Tal previsão propicia a adequada delimitação das competências funcionais, bem como o estabelecimento de balizas objetivas para o exercício do controle e da responsabilização, em consonância com os princípios da moralidade, eficiência e accountability. Destarte, a lei, ao fixar tais parâmetros, viabiliza a persecução do interesse público e a concretização da boa governança administrativa, em estrita observância aos cânones constitucionais.
Por que é importante detalhar as responsabilidades dos dirigentes nesses contratos?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
É importante detalhar as responsabilidades dos chefes nesses contratos para que todo mundo saiba exatamente o que cada um deve fazer e o que pode ou não pode fazer. Assim, se algo der errado ou se alguém não cumprir o combinado, fica mais fácil saber quem é o responsável. Isso ajuda a evitar confusões e garante que o trabalho seja feito do jeito certo.
Detalhar as responsabilidades dos dirigentes nesses contratos é essencial porque, dessa forma, fica claro o que se espera de cada gestor público. Imagine um contrato como um manual de instruções: se cada parte sabe exatamente suas tarefas e limites, as chances de erro diminuem. Além disso, se algum problema acontecer, é possível identificar quem deveria ter feito o quê, facilitando a cobrança e a correção de falhas. Isso também aumenta a transparência e a confiança no serviço público, pois todos sabem quem responde por cada decisão.
A explicitação das responsabilidades dos dirigentes nos contratos administrativos previstos no art. 37, § 8º, da CF/88, é fundamental para delimitar o âmbito de atuação e o grau de accountability dos gestores públicos. Tal detalhamento propicia segurança jurídica, facilita a aferição do cumprimento das metas pactuadas e permite a responsabilização objetiva ou subjetiva dos dirigentes em caso de descumprimento das obrigações contratuais, conforme os princípios da legalidade, eficiência e moralidade administrativa.
A minudente discriminação das responsabilidades dos dirigentes, ex vi do disposto no art. 37, § 8º, da Constituição da República, revela-se de suma importância para a adequada conformação do pacto administrativo, notadamente à luz dos princípios basilares da Administração Pública, mormente o da legalidade e o da eficiência. Tal precisão normativa obsta a indesejada vagueza contratual, propiciando, destarte, a exata delimitação do animus e do alcance das obrigações assumidas, bem como ensejando a correta imputação de eventuais sanções em caso de inadimplemento, à luz do postulado da accountability e da responsabilidade civil e administrativa do gestor público.