Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos tecnológicos e de demais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção, difusão e transferência de tecnologia. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Explicação
O texto diz que o governo deve incentivar empresas e outras organizações, públicas ou privadas, a inovar e criar novas tecnologias. Também deve apoiar a criação e manutenção de espaços como parques e polos tecnológicos, além de ajudar inventores independentes. O objetivo é facilitar a criação, o uso e a troca de tecnologia no Brasil.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
O texto diz que o governo deve incentivar empresas e outras organizações, públicas ou privadas, a inovar e criar novas tecnologias. Também deve apoiar a criação e manutenção de espaços como parques e polos tecnológicos, além de ajudar inventores independentes. O objetivo é facilitar a criação, o uso e a troca de tecnologia no Brasil.
Perguntas
O que são parques e polos tecnológicos?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Parques e polos tecnológicos são lugares criados para ajudar pessoas e empresas a desenvolverem novas ideias e tecnologias. Eles funcionam como centros onde cientistas, inventores e empresas trabalham juntos para criar produtos inovadores. Esses espaços oferecem estrutura, apoio e oportunidades para que as pessoas possam transformar suas ideias em realidade.
Parques e polos tecnológicos são ambientes planejados para reunir empresas, universidades, centros de pesquisa e startups com o objetivo de promover a inovação. Imagine um grande campus onde diferentes empresas e pesquisadores dividem espaços, laboratórios e até recebem orientação para transformar ideias em produtos ou serviços. Os parques tecnológicos costumam ser maiores, abrigando várias empresas e laboratórios, enquanto os polos podem ser menores ou mais especializados em um setor, como tecnologia da informação ou biotecnologia. Ambos servem para facilitar a troca de conhecimento e acelerar o desenvolvimento tecnológico.
Parques tecnológicos são empreendimentos planejados que visam fomentar a interação entre instituições de pesquisa, empresas e órgãos governamentais, proporcionando infraestrutura e serviços para o desenvolvimento de atividades inovadoras e de base tecnológica. Polos tecnológicos, por sua vez, consistem em agrupamentos geográficos ou setoriais de empresas e instituições voltadas à pesquisa, desenvolvimento e inovação, promovendo sinergias e transferência de tecnologia entre os participantes.
Parques e polos tecnológicos, à luz do arcabouço normativo pátrio, consubstanciam-se em loci privilegiados para a tessitura de sinergias entre entes públicos e privados, destinados precipuamente à promoção da inovação e ao incremento do desenvolvimento científico e tecnológico. Tais ambientes, por meio da congregação de agentes econômicos, acadêmicos e institucionais, propiciam a transferência de tecnologia, a incubação de empreendimentos inovadores e a materialização do desiderato constitucional de autonomia tecnológica nacional, nos exatos termos do art. 219 da Constituição Federal e legislação correlata.
Quem são considerados inventores independentes?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Inventores independentes são pessoas que criam ou inventam coisas novas por conta própria, sem estarem ligadas a empresas, universidades ou instituições. São aqueles que têm ideias e as desenvolvem sozinhos, normalmente usando seus próprios recursos.
Inventores independentes são indivíduos que desenvolvem invenções por iniciativa própria, sem vínculo empregatício ou contratual com empresas, universidades ou órgãos públicos durante o processo de criação. Por exemplo, imagine alguém que trabalha em casa e cria uma nova ferramenta ou aplicativo sem o apoio de uma empresa. Essa pessoa é considerada um inventor independente, pois a invenção é fruto de seu esforço pessoal, não de uma obrigação profissional ou de um projeto institucional.
Inventores independentes são aqueles que, não estando subordinados a vínculo empregatício ou contratual com pessoa jurídica, criam invenções de forma autônoma, sem relação direta com atividades de pesquisa desenvolvidas por empresas, universidades ou instituições públicas ou privadas. Sua atuação é caracterizada pela independência quanto à titularidade da invenção, que lhes pertence integralmente, salvo disposição em contrário.
Consideram-se inventores independentes, à luz do ordenamento jurídico pátrio, aqueles indivíduos que, desprovidos de qualquer liame empregatício, funcional ou contratual com pessoas jurídicas, sejam estas de direito público ou privado, concebem criações inventivas ex nihilo, ou seja, por esforço próprio e sem o concurso institucional de entes coletivos. Tais sujeitos detêm, ab initio, a titularidade plena sobre o invento, ressalvadas as hipóteses legais de cessão ou transferência de direitos, ex vi legis.
O que significa "difusão e transferência de tecnologia"?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
"Difusão e transferência de tecnologia" quer dizer espalhar e compartilhar novas ideias, métodos ou invenções com outras pessoas ou empresas. Difusão é quando uma tecnologia se torna conhecida e usada por mais gente. Transferência é quando uma empresa, universidade ou pessoa passa o conhecimento ou uma invenção para outra, para que ela também possa usar. Isso ajuda todo mundo a crescer junto.
Quando falamos em "difusão e transferência de tecnologia", estamos nos referindo a dois processos importantes para o desenvolvimento de um país. Difusão é o ato de espalhar uma tecnologia, ou seja, fazer com que ela chegue ao maior número possível de pessoas, empresas ou instituições. Por exemplo, quando uma universidade desenvolve uma nova técnica e publica artigos ou faz palestras para que todos conheçam, ela está difundindo tecnologia.
Já a transferência de tecnologia ocorre quando esse conhecimento ou invenção é passado de uma entidade para outra, de forma mais estruturada. Por exemplo, uma universidade pode transferir uma patente para uma empresa, que vai produzir e vender um novo produto. Assim, o conhecimento sai de onde foi criado e chega a quem vai colocar em prática, beneficiando a sociedade.
Difusão de tecnologia refere-se ao processo pelo qual inovações tecnológicas são disseminadas entre diferentes agentes econômicos, promovendo sua ampla adoção. Transferência de tecnologia consiste na transmissão de conhecimentos, técnicas, processos ou produtos inovadores de uma entidade (pública ou privada) para outra, geralmente formalizada por contratos, convênios ou acordos, visando à aplicação prática e ao desenvolvimento produtivo.
A expressão "difusão e transferência de tecnologia" encerra, em seu bojo, a ideia de propiciar o espargimento e a circulação de inovações técnico-científicas entre os diversos atores sociais, sejam estes públicos ou privados. A difusão, lato sensu, compreende a propagação e vulgarização do saber tecnológico, ao passo que a transferência, stricto sensu, consubstancia-se na cessão, licenciamento ou qualquer outra forma jurídica de transmissão do conhecimento técnico, instrumentalizada por avenças específicas, com vistas à implementação e ao aproveitamento econômico do invento ou processo. Tal desiderato coaduna-se com o escopo constitucional de fomentar a autonomia tecnológica e o desenvolvimento nacional.
Por que é importante estimular a inovação nas empresas e outros entes?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
É importante estimular a inovação porque isso ajuda as empresas e outras organizações a criarem coisas novas, melhorarem produtos e serviços e resolverem problemas do dia a dia. Quando há inovação, surgem mais oportunidades de trabalho, a economia cresce e a vida das pessoas pode ficar melhor. Além disso, o país fica menos dependente de ideias e produtos de fora.
Estimular a inovação nas empresas e em outros entes é fundamental porque a inovação traz novidades, melhorias e soluções para vários desafios da sociedade. Por exemplo, quando uma empresa cria um novo remédio, ela pode ajudar a tratar doenças de forma mais eficiente. Se uma fábrica inventa uma máquina que gasta menos energia, isso pode diminuir custos e ajudar o meio ambiente. Além disso, inovar faz com que o país seja mais competitivo, gere empregos e se desenvolva social e economicamente. Por isso, o governo incentiva a criação de ambientes que favoreçam a inovação, como parques tecnológicos e apoio a inventores.
O estímulo à inovação nas empresas e demais entes, públicos ou privados, é relevante para promover o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país, conforme previsto no art. 219 da CF/88. A inovação contribui para o aumento da competitividade, geração de empregos qualificados, autonomia tecnológica e redução da dependência externa. Ademais, a constituição e manutenção de ambientes promotores da inovação, como parques e polos tecnológicos, facilitam a transferência de tecnologia e o fortalecimento do sistema nacional de inovação.
Exsurge, ex vi legis, a imperiosa necessidade de fomentar a inovação no seio das empresas e demais entes, públicos ou privados, como corolário do desiderato constitucional de assegurar o desenvolvimento cultural, socioeconômico e a autonomia tecnológica da Nação, nos termos do art. 219 da Carta Magna. O estímulo estatal à constituição de parques e polos tecnológicos, bem como à atuação dos inventores independentes, consubstancia-se em instrumento teleológico para a promoção da criação, difusão e transferência de tecnologia, elementos sine qua non para o incremento da competitividade e a consecução do bem-estar social, em consonância com os princípios basilares da ordem social e econômica delineados pela Constituição da República.