Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
Explicação
O artigo diz que o mercado interno do Brasil (ou seja, as atividades econômicas que acontecem dentro do país) é considerado um bem importante para todos os brasileiros. Ele deve ser apoiado para ajudar no desenvolvimento cultural, social, econômico, no bem-estar das pessoas e na independência do Brasil em tecnologia, conforme regras definidas por uma lei federal.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
O artigo diz que o mercado interno do Brasil (ou seja, as atividades econômicas que acontecem dentro do país) é considerado um bem importante para todos os brasileiros. Ele deve ser apoiado para ajudar no desenvolvimento cultural, social, econômico, no bem-estar das pessoas e na independência do Brasil em tecnologia, conforme regras definidas por uma lei federal.
Perguntas
O que significa "mercado interno integra o patrimônio nacional"?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Quando a lei diz que o mercado interno faz parte do patrimônio nacional, quer dizer que tudo o que acontece na economia dentro do Brasil é algo muito valioso para todos os brasileiros. É como se fosse um bem de todo mundo. Por isso, o governo deve cuidar e incentivar essas atividades para melhorar a vida das pessoas, a cultura, a economia e a tecnologia do país.
A expressão "mercado interno integra o patrimônio nacional" significa que as atividades econômicas realizadas dentro do Brasil - como produção, comércio e serviços - são consideradas uma riqueza de todo o povo brasileiro. O artigo da Constituição destaca que o mercado interno não é só importante para a economia, mas também para a cultura, o bem-estar social e o avanço tecnológico do país. Assim como protegemos nossos recursos naturais, devemos também valorizar e fortalecer nosso mercado interno, pois ele é fundamental para o desenvolvimento do Brasil.
A expressão "mercado interno integra o patrimônio nacional", constante do art. 219 da CF/88, atribui ao mercado interno o status de bem jurídico coletivo, pertencente à coletividade nacional. Tal reconhecimento impõe ao Estado o dever de fomentar e proteger o mercado interno, visando ao desenvolvimento cultural, socioeconômico, ao bem-estar da população e à autonomia tecnológica, nos termos de legislação federal específica.
Nos termos do art. 219 da Carta Magna, ao proclamar que o mercado interno integra o patrimônio nacional, o constituinte originário elevou-o à categoria de bem jurídico tutelado pelo Estado, dotando-o de especial proteção normativa. Tal disposição impõe ao Poder Público o mister de fomentar e resguardar o mercado doméstico, como substrato essencial ao desenvolvimento pátrio, ao bem-estar social e à autonomia tecnológica, ex vi legis, consoante os ditames da legislação federal que venha a regulamentar a matéria. Destarte, o mercado interno, enquanto expressão da soberania econômica, constitui-se em elemento integrante do patrimônio nacional, a ser promovido e defendido em prol do interesse público e da ordem constitucional.
Por que a autonomia tecnológica do país é destacada nesse artigo?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
A autonomia tecnológica é destacada nesse artigo porque o Brasil quer ser capaz de criar e usar suas próprias tecnologias, sem depender de outros países. Isso ajuda o país a crescer, criar empregos e melhorar a vida das pessoas. Assim, o Brasil pode resolver seus próprios problemas e não fica vulnerável a decisões de outros países.
A autonomia tecnológica é importante porque significa que o Brasil pode desenvolver, produzir e usar suas próprias tecnologias, sem depender de produtos ou conhecimentos vindos de fora. Quando um país depende muito de tecnologia estrangeira, ele pode ficar em desvantagem, pois precisa comprar ou pedir permissão para usar certas inovações. Ao incentivar a autonomia tecnológica, o artigo quer garantir que o Brasil tenha mais controle sobre seu desenvolvimento, possa inovar de acordo com suas necessidades e proteger sua economia e sua cultura. Por exemplo, se o Brasil desenvolve suas próprias vacinas ou sistemas de comunicação, ele consegue responder melhor a crises e criar oportunidades para sua população.
A autonomia tecnológica é destacada no artigo 219 da CF/88 como diretriz fundamental para o desenvolvimento nacional, visando reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e promover a capacidade endógena de inovação. Tal previsão constitucional busca assegurar que o Brasil detenha domínio sobre processos, produtos e conhecimentos estratégicos, conferindo maior segurança econômica, soberania e competitividade internacional. A menção à autonomia tecnológica, portanto, fundamenta políticas públicas voltadas ao fortalecimento do mercado interno, à proteção do patrimônio nacional e ao incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
A exaltação da autonomia tecnológica, ex vi do artigo 219 da Constituição da República, revela o desiderato do constituinte originário em assegurar à Nação o domínio sobre os instrumentos e processos tecnológicos, condição sine qua non para a efetivação da soberania nacional e o incremento do desenvolvimento autônomo. Tal desiderato coaduna-se com o princípio da dignidade da pessoa humana e o postulado da independência dos povos, evitando a perpetuação de relações de dependência neocolonialista. Destarte, a autonomia tecnológica emerge como corolário do patrimônio nacional, a ser promovida mediante políticas públicas delineadas no âmbito da legislação federal, em consonância com o interesse público e o bem comum.
O que são "os termos de lei federal" mencionados no trecho?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
"Os termos de lei federal" quer dizer que existem regras e detalhes que vão ser explicados numa outra lei, feita pelo governo federal (o governo do Brasil todo, não só de um estado ou cidade). Então, o artigo diz o que deve ser feito, mas quem vai dizer exatamente como isso acontece é uma outra lei, feita pelo Congresso Nacional e assinada pelo Presidente.
Quando o artigo menciona "nos termos de lei federal", está dizendo que os detalhes de como incentivar o mercado interno - por exemplo, quais ações o governo pode tomar, quais setores serão priorizados, que tipos de incentivos serão dados - serão definidos por uma lei criada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República. Ou seja, a Constituição dá a direção geral, mas deixa para uma lei específica, chamada de lei federal, explicar como tudo vai funcionar na prática.
A expressão "nos termos de lei federal" indica que a efetivação dos incentivos ao mercado interno, previstos no art. 219 da CF/88, dependerá de regulamentação infraconstitucional, a ser realizada mediante lei ordinária ou complementar de competência da União. Tal lei federal disciplinará os mecanismos, critérios e procedimentos necessários para a implementação das diretrizes constitucionais relativas ao desenvolvimento cultural, socioeconômico e à autonomia tecnológica.
A locução "nos termos de lei federal", constante do art. 219 da Constituição da República, consubstancia remissão expressa à necessidade de regulamentação infraconstitucional, a ser perpetrada pelo legislador federal, ex vi do art. 22 da Carta Magna. Destarte, a norma constitucional ostenta caráter programático, condicionando a exequibilidade dos incentivos ao mercado interno à superveniência de legislação federal específica, a qual delineará os contornos, limites e instrumentos de fomento, em consonância com os desideratos do desenvolvimento cultural, socioeconômico e da autonomia tecnológica da Nação.