Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88)
TÍTULO VIII - Da Ordem Social
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO
Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)Regulamento
X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do art. 208 e as metas pertinentes do plano nacional de educação, nos termos previstos no art. 214 desta Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do órgão responsável, dos efeitos redistributivos, da melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do atendimento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Explicação
Esse trecho diz que uma lei vai definir como e com que frequência um órgão responsável deve avaliar se a distribuição de recursos para a educação está sendo justa, se os indicadores de qualidade estão melhorando e se mais pessoas estão tendo acesso à educação. Ou seja, é uma regra para garantir que esses pontos sejam acompanhados e medidos regularmente.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
Esse trecho diz que uma lei vai definir como e com que frequência um órgão responsável deve avaliar se a distribuição de recursos para a educação está sendo justa, se os indicadores de qualidade estão melhorando e se mais pessoas estão tendo acesso à educação. Ou seja, é uma regra para garantir que esses pontos sejam acompanhados e medidos regularmente.
Perguntas
O que são "efeitos redistributivos" no contexto da educação?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
"Efeitos redistributivos" na educação são os resultados de como o dinheiro e os recursos são divididos entre escolas e regiões. Ou seja, é ver se o governo está conseguindo fazer com que lugares mais pobres recebam mais ajuda para diminuir as diferenças. É uma forma de tentar deixar tudo mais igual, dando mais para quem precisa.
No contexto da educação, "efeitos redistributivos" se referem ao impacto que a distribuição de recursos públicos tem sobre a redução das desigualdades entre escolas, regiões ou grupos sociais. Por exemplo, se uma cidade tem escolas muito diferentes - algumas com muitos recursos e outras com poucos -, o objetivo da redistribuição é usar o dinheiro público para equilibrar essa situação, ajudando mais quem tem menos. Assim, avalia-se se a política adotada realmente está tornando o acesso à educação mais justo e igualitário.
"Efeitos redistributivos", no âmbito da educação, correspondem aos resultados advindos da aplicação de políticas públicas que visam a redistribuição de recursos financeiros, materiais e humanos, com o objetivo de mitigar desigualdades regionais, sociais ou institucionais. Trata-se, portanto, da aferição do impacto das medidas de alocação equitativa de recursos, conforme previsto nos dispositivos constitucionais e legais, especialmente no tocante à promoção da igualdade de oportunidades educacionais.
Os denominados "efeitos redistributivos", no contexto da seara educacional, consubstanciam-se nos consectários advindos da implementação de políticas públicas voltadas à equalização da distribuição de recursos, em estrita observância aos postulados da justiça distributiva e da isonomia material. Tal avaliação visa aferir, à luz do princípio da equidade, se a destinação dos aportes financeiros e demais meios à educação básica logra, de fato, atenuar as disparidades históricas e regionais, promovendo, destarte, a concretização dos direitos fundamentais à educação preconizados na Carta Magna.
Quem é o "órgão responsável" por fazer essa avaliação?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
O "órgão responsável" é quem vai checar se o dinheiro da educação está sendo bem usado e se as coisas estão melhorando. Quem é esse órgão? A própria lei vai dizer. Ou seja, ainda não está definido aqui na Constituição. Vai depender do que for escrito em outra lei depois.
No trecho citado, a Constituição não diz exatamente qual é o órgão responsável por fazer essa avaliação. Ela deixa essa decisão para uma lei específica, que será criada depois. Essa lei vai detalhar quem será o órgão encarregado de avaliar se a distribuição dos recursos está sendo justa, se os indicadores educacionais estão melhorando e se o atendimento está aumentando. Pode ser, por exemplo, um órgão do governo federal, estadual ou municipal, como o Ministério da Educação, mas só saberemos ao certo quando a lei for criada.
O texto constitucional, ao utilizar a expressão "órgão responsável", remete à legislação infraconstitucional a definição de qual ente ou órgão administrativo será incumbido da avaliação dos efeitos redistributivos, da melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do atendimento. Portanto, a identificação do órgão responsável depende de regulamentação posterior, a ser estabelecida em lei específica, nos termos do art. 212-A, inciso X, da CF/88.
A exegese do dispositivo constitucional em comento revela que a determinação do "órgão responsável" pela avaliação dos efeitos redistributivos, da melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do atendimento resta adstrita à legislação infraconstitucional, a ser editada em momento ulterior. Destarte, ex vi do art. 212-A, inciso X, da Carta Magna, compete à lei ordinária, observadas as balizas do Plano Nacional de Educação e demais preceitos constitucionais correlatos, a designação do órgão ou entidade que exercerá tal mister, não havendo, pois, definição expressa no texto constitucional originário.
O que são "indicadores educacionais" e como eles são medidos?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Indicadores educacionais são números ou informações que mostram como está a qualidade da educação em um lugar. Eles servem para saber, por exemplo, se os alunos estão aprendendo bem, se as escolas têm bons professores ou se mais crianças estão indo para a escola. Esses indicadores são medidos por meio de provas, pesquisas e dados, como notas dos alunos, presença nas aulas e quantidade de escolas.
Indicadores educacionais são ferramentas usadas para medir e acompanhar como está a educação em uma cidade, estado ou no país. Eles mostram, por exemplo, quantos alunos estão matriculados, quantos terminam os estudos, qual é o desempenho deles em provas nacionais, como o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), e se os professores têm boa formação. Para medir esses indicadores, o governo coleta dados das escolas, aplica avaliações e analisa as informações para ver se a educação está melhorando ou precisa de mais atenção.
Indicadores educacionais são parâmetros quantitativos e qualitativos utilizados para aferir o desempenho, a qualidade e a eficiência do sistema educacional. São exemplos: taxas de matrícula, evasão e conclusão, desempenho em avaliações padronizadas (como o IDEB), formação docente e infraestrutura escolar. A mensuração ocorre por meio da coleta sistemática de dados estatísticos, avaliações externas e monitoramento contínuo, conforme metodologias estabelecidas por órgãos oficiais, como o INEP.
Os denominados indicadores educacionais consubstanciam-se em métricas objetivas e subjetivas, de natureza quantitativa e qualitativa, destinadas à aferição do grau de efetividade, eficiência e equidade do sistema educacional pátrio. Tais indicadores abarcam, inter alia, taxas de matrícula, aprovação, abandono, rendimento em avaliações nacionais padronizadas, bem como aspectos atinentes à formação do corpo docente e à infraestrutura das unidades escolares. Sua mensuração opera-se mediante processos sistemáticos de coleta, análise e interpretação de dados, em estrita observância às normativas exaradas pelos entes competentes, mormente o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em consonância com os desideratos constitucionais e infraconstitucionais.
O que significa "ampliação do atendimento" na educação básica?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
"Ampliação do atendimento" quer dizer que mais crianças, jovens ou adultos vão poder estudar na escola. Ou seja, aumentar o número de pessoas que conseguem uma vaga para aprender. É fazer com que mais gente tenha acesso à educação.
Quando a lei fala em "ampliação do atendimento" na educação básica, ela está se referindo ao aumento do número de alunos que conseguem estudar nas escolas públicas. Imagine que, antes, só havia vagas para 100 crianças em uma cidade. Se esse número cresce para 150, houve uma ampliação do atendimento. Isso significa abrir mais vagas, criar novas turmas, construir mais escolas ou oferecer horários diferentes para que mais pessoas possam estudar.
No contexto da legislação educacional, "ampliação do atendimento" refere-se à expansão da oferta de vagas e do acesso à educação básica, abrangendo o aumento quantitativo de matrículas e a inclusão de novos segmentos populacionais no sistema educacional, em conformidade com as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação e os preceitos constitucionais.
A expressão "ampliação do atendimento", nos lindes do art. 212-A, inciso X, alínea "e", da Constituição Federal, consubstancia-se na efetivação do princípio da universalização do acesso à educação básica, mediante a progressiva extensão da cobertura educacional, seja pelo incremento do número de matrículas, seja pela inclusão de grupos historicamente alijados do sistema de ensino. Tal desiderato coaduna-se com a ratio essendi das políticas públicas de educação, em estrita observância ao disposto nos arts. 205 e 208 da Carta Magna, bem como às metas delineadas no Plano Nacional de Educação, ex vi do art. 214 do texto constitucional.