Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88)
TÍTULO VIII - Da Ordem Social
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Explicação
Esse trecho diz que o governo federal, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem trabalhar juntos para organizar a educação. Eles precisam combinar esforços para garantir que todas as crianças e jovens tenham acesso à escola, que o ensino seja de boa qualidade e que todos tenham as mesmas oportunidades.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
Esse trecho diz que o governo federal, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem trabalhar juntos para organizar a educação. Eles precisam combinar esforços para garantir que todas as crianças e jovens tenham acesso à escola, que o ensino seja de boa qualidade e que todos tenham as mesmas oportunidades.
Perguntas
O que significa "universalização do ensino obrigatório"?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
"Universalização do ensino obrigatório" quer dizer que todas as crianças e jovens que estão na idade certa devem poder estudar na escola, sem deixar ninguém de fora. Ou seja, o governo tem que garantir que todo mundo tenha acesso à escola, sem exceção.
Quando falamos em "universalização do ensino obrigatório", estamos dizendo que o objetivo é fazer com que todas as pessoas que têm idade para estudar, segundo a lei, realmente estejam na escola. Por exemplo, se a lei diz que crianças de 6 a 17 anos devem estudar, o governo precisa garantir que nenhuma criança ou adolescente dessa faixa etária fique sem escola. Isso vale para todas as regiões do país, para ricos e pobres, para pessoas de todas as origens. Assim, ninguém pode ser excluído do direito à educação.
A expressão "universalização do ensino obrigatório" refere-se à obrigação do Estado de assegurar o acesso e a permanência de todos os indivíduos em idade escolar obrigatória nas instituições de ensino, conforme estabelecido pela legislação vigente. Trata-se de garantir que a totalidade da população-alvo seja atendida, sem discriminação, cumprindo o preceito constitucional de efetivação do direito à educação básica obrigatória.
A universalização do ensino obrigatório consubstancia-se no desiderato estatal de assegurar, de forma indistinta e irrestrita, o acesso e a frequência de todos os infantes e adolescentes compreendidos na faixa etária definida ex lege à educação básica compulsória, ex vi do mandamento constitucional insculpido no art. 211 da Carta Magna. Tal mister impõe ao poder público o dever de implementar políticas públicas aptas a eliminar quaisquer óbices ao ingresso e à permanência dos discentes no sistema educacional, em observância ao princípio da isonomia e à máxima efetividade do direito fundamental à educação.
O que é "equidade" no contexto da educação?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Equidade, nesse contexto, significa tratar cada estudante de acordo com suas necessidades. Não é dar exatamente a mesma coisa para todo mundo, mas sim garantir que cada um tenha o que precisa para aprender bem. Por exemplo, se um aluno tem mais dificuldade, ele pode precisar de mais apoio. Assim, todos têm chance de aprender, mesmo que recebam ajudas diferentes.
Equidade na educação é garantir que todos os alunos tenham oportunidades reais de aprender, levando em conta as diferenças entre eles. Isso quer dizer que, além de colocar todos na escola, é preciso olhar para as necessidades específicas de cada um. Por exemplo, um estudante com deficiência pode precisar de materiais adaptados; um aluno de uma região pobre pode precisar de transporte ou merenda. A ideia é que o ensino seja justo, ajudando mais quem mais precisa, para que todos possam alcançar bons resultados.
No contexto educacional, equidade refere-se à adoção de políticas e práticas que reconhecem e atendem as diferentes necessidades dos estudantes, buscando compensar desigualdades históricas, sociais, econômicas ou culturais. O objetivo é proporcionar igualdade de condições para o acesso, permanência e sucesso escolar, por meio de ações diferenciadas e inclusivas, conforme previsto no art. 211, § 4º, da CF/88.
A equidade, hodiernamente consagrada no âmbito do Direito Educacional pátrio, consubstancia-se no desiderato de mitigar disparidades fáticas e históricas, promovendo, mediante tratamento isonômico substancial, a efetivação do direito fundamental à educação. Destarte, a equidade transcende a mera igualdade formal, impondo ao Poder Público o dever de adotar providências específicas e diferenciadas, ex vi do art. 211, § 4º, da Constituição Federal, a fim de assegurar a universalização do acesso, a qualidade e a justiça distributiva no ensino obrigatório, em consonância com os princípios da dignidade da pessoa humana e da justiça social.
Como os diferentes governos podem colaborar na prática para melhorar a educação?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Os diferentes governos (federal, estadual e municipal) podem trabalhar juntos trocando informações, dividindo recursos e ajudando uns aos outros. Por exemplo, eles podem criar programas em conjunto, compartilhar materiais didáticos, treinar professores juntos e garantir que todas as escolas tenham o que precisam. Assim, fica mais fácil garantir que todas as crianças estudem, aprendam bem e tenham as mesmas chances.
Na prática, a colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios pode acontecer de várias maneiras. Eles podem, por exemplo, criar programas de formação de professores em conjunto, compartilhar recursos financeiros para melhorar escolas em regiões mais carentes e padronizar o currículo escolar para garantir que todos aprendam o mesmo conteúdo básico. Imagine que a União oferece dinheiro e orientações, os Estados organizam e supervisionam, e os Municípios aplicam diretamente nas escolas. Assim, todos trabalham juntos para que nenhuma criança fique sem estudar e para que a qualidade do ensino seja parecida em todo o país.
A colaboração federativa prevista no art. 211 da CF/88 e em seu §4º implica a definição de mecanismos de cooperação intergovernamental, tais como convênios, consórcios públicos, transferência de recursos financeiros, assistência técnica e compartilhamento de responsabilidades administrativas. Essas ações visam garantir a universalização, qualidade e equidade do ensino obrigatório, respeitando as competências constitucionais de cada ente federado e promovendo a articulação dos sistemas de ensino.
Consoante o disposto no art. 211, §4º, da Carta Magna, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no desiderato de organizar seus sistemas de ensino, deverão estabelecer formas de colaboração intergovernamental, de modo a propiciar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino obrigatório. Tal desiderato se consubstancia na adoção de instrumentos normativos e administrativos que viabilizem a cooperação federativa, nos moldes do federalismo cooperativo, mediante pactuação de competências, celebração de convênios, repasses intergovernamentais e outras formas de atuação conjunta, tudo em estrita observância ao princípio da eficiência e à máxima efetividade dos direitos fundamentais à educação.