Quando a lei diz que a polícia federal é um órgão "permanente", isso quer dizer que ela existe o tempo todo. Não é algo que aparece só de vez em quando ou para resolver problemas temporários. A polícia federal faz parte do governo e está sempre funcionando, sem data para acabar.

Dizer que a polícia federal é um órgão "permanente" significa que ela foi criada para existir de forma contínua, sem interrupções ou prazo para terminar. Ou seja, ela não é um grupo criado só para resolver um problema específico, como acontece com algumas comissões temporárias. A polícia federal sempre vai existir, porque sua função é essencial para o país, como investigar crimes federais e proteger a ordem pública. Assim, ela faz parte da estrutura fixa do governo.

A expressão "órgão permanente", conforme utilizada no § 1º do art. 144 da CF/88, indica que a polícia federal integra a estrutura administrativa da União de modo estável e contínuo, não se tratando de órgão transitório ou de existência condicionada a situações excepcionais. Sua criação, manutenção e funcionamento são previstos em lei, com atribuições institucionais perenes, vinculadas à persecução de interesses públicos federais.

A qualificação da polícia federal como órgão "permanente", ex vi do disposto no § 1º do art. 144 da Constituição da República, revela sua natureza institucional de ente estatal dotado de perenidade, cuja existência não se subordina a casuísticas ou a eventuais necessidades ad hoc, mas, antes, decorre de mandamento constitucional expresso, conferindo-lhe estabilidade e continuidade no desempenho de suas funções típicas, ex lege, no âmbito da segurança pública e da persecução penal federal, em consonância com o desiderato de resguardar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Quando se diz que a polícia federal é "organizada e mantida pela União", isso quer dizer que ela é criada, controlada e paga pelo governo do Brasil (governo federal), e não pelos governos dos estados ou das cidades. Ou seja, quem manda e quem paga as contas da polícia federal é o governo federal.

A expressão "organizada e mantida pela União" significa que a polícia federal é planejada, administrada e financiada pelo governo federal, ou seja, pelo governo central do Brasil, chamado de União. Diferente das polícias estaduais, que são responsabilidade dos governos dos estados, a polícia federal depende do governo federal para sua estrutura, funcionamento e pagamento dos seus funcionários. Por exemplo, quem decide quantos policiais federais haverá, como será o treinamento e de onde vem o dinheiro para pagar salários e equipamentos é a União, não os estados.

A expressão "organizada e mantida pela União" indica que a Polícia Federal integra a administração pública federal, sendo sua estrutura, funcionamento e custeio de competência exclusiva da União, nos termos do art. 144, § 1º, da CF/88. Assim, compete à União legislar, administrar, prover recursos financeiros e definir a organização interna da Polícia Federal, não havendo ingerência dos entes estaduais ou municipais.

A assertiva de que a Polícia Federal é "organizada e mantida pela União" consubstancia a atribuição exclusiva à União Federal do mister de estruturar, disciplinar, prover recursos e garantir a operacionalidade do órgão, ex vi do art. 144, § 1º, da Carta Magna de 1988. Tal prerrogativa afasta qualquer competência concorrente ou suplementar dos entes subnacionais, reafirmando o caráter centralizado e unitário da Polícia Federal, cuja gênese, sustento e direção residem adstritas ao âmbito da Administração Pública Federal, sob a égide do princípio federativo e da repartição constitucional de competências.

Ser "estruturado em carreira" quer dizer que, dentro da Polícia Federal, as pessoas entram por concurso público e seguem um caminho de crescimento no trabalho, com cargos e funções bem definidos. Ou seja, existe uma ordem para subir de posição, ganhar promoções e ter salários maiores, tudo de acordo com regras claras.

Quando a lei diz que a Polícia Federal é "estruturada em carreira", significa que seus membros entram por concurso público e, ao longo do tempo, podem crescer dentro da instituição, passando por diferentes cargos e funções. Por exemplo, uma pessoa pode começar como agente e, depois de alguns anos, pode ser promovida a cargos mais altos, conforme sua experiência, tempo de serviço e desempenho. Isso é diferente de empregos em que não há um caminho definido para crescer ou mudar de função.

A expressão "estruturado em carreira" refere-se à organização funcional da Polícia Federal por meio de cargos escalonados em classes ou padrões, com ingresso exclusivamente por concurso público e possibilidade de progressão funcional e promoção, conforme critérios estabelecidos em lei. Tal estrutura visa garantir a profissionalização, estabilidade e desenvolvimento funcional dos servidores.

A expressão "estruturado em carreira", ex vi do disposto no art. 144, §1º, da Constituição Federal, denota a conformação orgânica da Polícia Federal sob a égide de um regime jurídico de cargos públicos escalonados em classes hierárquicas, com ingresso mediante certame público e ascensão funcional pautada em critérios objetivos de antiguidade e merecimento, em consonância com os princípios da impessoalidade, legalidade e eficiência, consagrando, assim, a estabilidade e a profissionalização do corpo funcional da referida corporação.