§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
Explicação
A vitaliciedade significa que, depois de dois anos trabalhando, o membro do Ministério Público só pode perder o cargo se houver uma decisão final da Justiça contra ele. Ou seja, ele não pode ser demitido por vontade de chefes ou por motivos políticos. Isso serve para garantir sua independência no trabalho.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
A vitaliciedade significa que, depois de dois anos trabalhando, o membro do Ministério Público só pode perder o cargo se houver uma decisão final da Justiça contra ele. Ou seja, ele não pode ser demitido por vontade de chefes ou por motivos políticos. Isso serve para garantir sua independência no trabalho.
Perguntas
O que é uma sentença judicial "transitada em julgado"?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Uma sentença judicial "transitada em julgado" é uma decisão da Justiça que não pode mais ser mudada ou contestada. Isso acontece quando já passaram todos os prazos para recorrer, ou seja, ninguém pode mais pedir para revisar ou mudar essa decisão. É como se fosse o ponto final de um processo.
Quando falamos que uma sentença judicial "transitou em julgado", significa que ela chegou ao fim e não cabe mais nenhum recurso. Imagine que alguém foi julgado e condenado, e essa pessoa ainda pode tentar mudar a decisão indo para instâncias superiores, como um recurso. Só que, depois de todos os recursos possíveis serem usados (ou se ninguém recorrer dentro do prazo), a decisão se torna definitiva. A partir daí, ela precisa ser cumprida, pois não há mais como discutir aquele caso na Justiça.
Sentença judicial "transitada em julgado" é aquela contra a qual não cabe mais recurso, seja porque todos os recursos possíveis foram esgotados, seja porque não foi interposto recurso no prazo legal. O trânsito em julgado confere à decisão judicial a característica de imutabilidade e definitividade, tornando-a exequível e impedindo sua rediscussão no âmbito judicial.
A expressão "sentença judicial transitada em julgado" refere-se ao decisum jurisdicional que alcançou a autoridade da coisa julgada, ex vi do artigo 502 do Código de Processo Civil, não mais se admitindo impugnação por meio de recursos ordinários ou extraordinários, operando-se, assim, a preclusão máxima. Trata-se do momento em que se exaurem todas as vias recursais, tornando-se a decisão irretratável e indiscutível no âmbito do Poder Judiciário, salvo as hipóteses excepcionais de ação rescisória.
Por que a vitaliciedade é importante para o Ministério Público?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
A vitaliciedade é importante porque protege quem trabalha no Ministério Público de ser demitido por motivos injustos ou por pressão de chefes e políticos. Assim, essas pessoas podem investigar e acusar crimes sem medo de perder o emprego, mesmo que incomodem pessoas poderosas.
A vitaliciedade garante que, após dois anos de trabalho, o membro do Ministério Público só pode ser afastado do cargo se houver uma decisão definitiva da Justiça. Isso é fundamental porque o Ministério Público precisa agir com independência, sem medo de retaliação. Imagine se um promotor pudesse ser demitido facilmente por investigar alguém influente: ele poderia se sentir pressionado a não fazer seu trabalho corretamente. Com a vitaliciedade, o promotor tem segurança para agir conforme a lei, protegendo a sociedade.
A vitaliciedade, prevista no art. 128, §5º, I, "a", da CF/88, constitui garantia institucional conferida aos membros do Ministério Público, assegurando que, após dois anos de exercício, somente poderão perder o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. Tal prerrogativa visa resguardar a independência funcional e a autonomia institucional do Ministério Público, prevenindo pressões externas e interferências indevidas no desempenho de suas atribuições constitucionais.
A vitaliciedade, insculpida no art. 128, §5º, I, "a", da Carta Magna de 1988, consubstancia-se em garantia basilar à independência do Parquet, exsurgindo como corolário da autonomia funcional e administrativa que lhe é conferida. Após o biênio de exercício, o membro ministerial somente poderá ser exonerado ex vi de sentença judicial com trânsito em julgado, obtemperando, assim, a eventuais tentativas de coação, ingerência política ou retaliação, em consonância com os princípios do Estado Democrático de Direito e da persecução penal isenta.
O que acontece durante os dois primeiros anos antes de adquirir a vitaliciedade?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
Nos dois primeiros anos, a pessoa que trabalha no Ministério Público ainda não tem garantia total no cargo. Se fizer algo errado, pode ser demitida de forma mais fácil, sem precisar de uma decisão final da Justiça. Só depois de dois anos é que ela ganha uma proteção maior e só pode perder o emprego se um juiz decidir isso em um processo.
Durante os dois primeiros anos de trabalho no Ministério Público, o membro ainda não tem a chamada "vitaliciedade", que é uma proteção especial no cargo. Nesse período, ele pode ser demitido se cometer alguma falta grave, e não é necessário esperar uma decisão final da Justiça para isso acontecer. É como um "período de experiência" prolongado: só depois de dois anos é que ele adquire a vitaliciedade, passando a só poder perder o cargo se houver uma sentença judicial definitiva contra ele. Antes disso, a demissão pode ser feita por decisão administrativa, seguindo regras internas.
Nos dois primeiros anos de exercício funcional, o membro do Ministério Público não possui a garantia da vitaliciedade. Durante esse interregno, a perda do cargo pode ocorrer por deliberação do órgão competente, mediante procedimento administrativo regular, sem a exigência de sentença judicial transitada em julgado. A vitaliciedade somente é adquirida após o biênio inicial, momento em que a exoneração ou demissão só poderá ocorrer por decisão judicial definitiva.
Durante o interregno inicial de dois anos de exercício, o membro do Parquet não ostenta a garantia da vitaliciedade, encontrando-se, pois, sob a égide de estabilidade mitigada. Nesse ínterim, a perda do cargo poderá ser efetivada ex officio, mediante regular processo administrativo, prescindindo-se de sentença judicial transitada em julgado, nos termos do art. 128, § 5º, I, alínea "a", da Constituição Federal. Somente após o decurso do biênio inaugural é que se perfectibiliza a vitaliciedade, erigindo-se, então, a necessidade de decisão judicial definitiva para a perda do cargo, em consonância com o princípio da independência funcional.