Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Explicação
O Superior Tribunal Militar é formado por 15 ministros que têm cargo vitalício, ou seja, ficam no cargo até se aposentarem. Eles são escolhidos pelo Presidente da República, mas precisam ser aprovados pelo Senado. Desses 15, alguns devem ser militares de alta patente da Marinha, Exército e Aeronáutica, e outros devem ser civis. O objetivo é garantir que tanto militares quanto civis participem das decisões do tribunal.
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O Superior Tribunal Militar é formado por 15 ministros que têm cargo vitalício, ou seja, ficam no cargo até se aposentarem. Eles são escolhidos pelo Presidente da República, mas precisam ser aprovados pelo Senado. Desses 15, alguns devem ser militares de alta patente da Marinha, Exército e Aeronáutica, e outros devem ser civis. O objetivo é garantir que tanto militares quanto civis participem das decisões do tribunal.
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O que significa ser "ministro vitalício"?
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Ser "ministro vitalício" quer dizer que a pessoa escolhida para ser ministro do Superior Tribunal Militar pode ficar no cargo pelo resto da vida, até se aposentar. Ela só sai se quiser, se for obrigada por algum motivo grave ou quando chegar à idade de aposentadoria.
Quando dizemos que alguém é "ministro vitalício" do Superior Tribunal Militar, significa que essa pessoa, uma vez nomeada e aprovada, tem direito de permanecer no cargo até se aposentar, normalmente ao atingir a idade máxima permitida por lei (atualmente 75 anos). Ou seja, o cargo não tem um tempo fixo de duração, como quatro ou oito anos, por exemplo. O objetivo disso é dar mais independência ao ministro, já que ele não precisa se preocupar em ser trocado por motivos políticos. Ele só perde o cargo em situações muito graves, como cometer um crime ou desrespeitar regras importantes.
Ministro vitalício é aquele que, uma vez nomeado e investido no cargo após aprovação do Senado Federal, exerce a função até a aposentadoria compulsória (atualmente aos 75 anos, conforme EC 88/2015), aposentadoria voluntária, renúncia ou perda do cargo em decorrência de sentença judicial transitada em julgado. A vitaliciedade visa garantir a independência funcional do magistrado, protegendo-o de pressões externas.
A expressão "ministro vitalício", ex vi legis, alude à prerrogativa da vitaliciedade, ínsita ao cargo de Ministro do Superior Tribunal Militar, conferida ab initio após o regular processo de investidura, que compreende a nomeação pelo Chefe do Executivo e aprovação pelo Senado Federal, nos termos do art. 123 da Constituição da República. Tal atributo assegura ao magistrado a permanência ad aeternum no exercício de suas funções judicantes, salvo ocorrência de hipóteses excepcionais, como aposentadoria compulsória (atualmente aos 75 anos, consoante Emenda Constitucional nº 88/2015), renúncia, ou perda do cargo por sentença judicial transitada em julgado, resguardando, destarte, a independência e a inamovibilidade do Poder Judiciário castrense.
O que são "oficiais-generais" e qual é o "posto mais elevado da carreira"?
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"Oficiais-generais" são militares de alta patente, ou seja, estão entre os cargos mais altos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). O "posto mais elevado da carreira" é o cargo mais alto que um militar pode atingir dentro dessas Forças. Por exemplo, na Marinha é Almirante, no Exército é General de Exército, e na Aeronáutica é Tenente-Brigadeiro.
Oficiais-generais são os militares que ocupam as patentes mais altas dentro das Forças Armadas. Imagine uma escada de cargos: eles estão nos últimos degraus, acima dos oficiais superiores (como coronéis e capitães). Cada Força tem seus próprios nomes para esses cargos. O "posto mais elevado da carreira" significa o topo dessa escada, ou seja, o cargo mais alto possível. Por exemplo, na Marinha é o Almirante de Esquadra ou Almirante, no Exército é o General de Exército, e na Aeronáutica é o Tenente-Brigadeiro do Ar. Só quem está nesse topo pode ser escolhido para ser ministro do Superior Tribunal Militar.
Oficiais-generais são os militares que detêm as patentes de generalato, conforme previsto nos respectivos estatutos das Forças Armadas: Almirante de Esquadra e Almirante (Marinha), General de Exército (Exército) e Tenente-Brigadeiro (Aeronáutica). O "posto mais elevado da carreira" refere-se ao grau hierárquico máximo existente em cada Força, sendo requisito para a nomeação ao cargo de Ministro do Superior Tribunal Militar, nos termos do art. 123 da CF/88.
Os denominados "oficiais-generais" constituem o estrato superior da hierarquia castrense, compreendendo aqueles que ostentam as insígnias do generalato, ex vi legis, nas respectivas Forças Singulares: Almirante de Esquadra e Almirante, no âmbito da Marinha; General de Exército, no Exército; e Tenente-Brigadeiro, na Aeronáutica. O "posto mais elevado da carreira" alude ao ápice da carreira militar, locus reservado à culminância do cursus honorum, sendo conditio sine qua non para investidura na augusta função de Ministro do Superior Tribunal Militar, conforme preconiza o art. 123 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Por que a indicação dos ministros precisa ser aprovada pelo Senado Federal?
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A indicação dos ministros precisa ser aprovada pelo Senado porque isso ajuda a evitar que o Presidente escolha sozinho quem vai ocupar cargos tão importantes. Assim, outras pessoas também avaliam se o indicado é realmente adequado para o cargo. Isso serve para dar mais segurança e equilíbrio nas escolhas.
A aprovação do Senado é uma forma de garantir que a escolha dos ministros do Superior Tribunal Militar não fique apenas nas mãos do Presidente da República. Funciona como uma "segunda opinião", para que haja mais cuidado e transparência na escolha. O Senado analisa se o indicado tem as qualidades e a experiência necessárias para o cargo. Isso ajuda a evitar nomeações por motivos pessoais ou políticos, promovendo um equilíbrio entre os poderes e protegendo o interesse público.
A exigência de aprovação do Senado Federal para a nomeação dos ministros do Superior Tribunal Militar decorre do sistema de freios e contrapesos previsto na Constituição Federal. Trata-se de um mecanismo de controle recíproco entre os Poderes Executivo e Legislativo, visando conferir legitimidade, transparência e idoneidade ao processo de escolha dos membros de tribunais superiores, conforme disposto no art. 123 da CF/88.
A submissão da indicação presidencial à chancela do Senado Federal, ex vi do art. 123 da Constituição da República, consubstancia expressão do sistema de checks and balances, corolário do princípio da separação dos poderes. Tal desiderato visa obstar a concentração de poder discricionário no Executivo, conferindo ao Legislativo, por meio do Senado, o mister de sindicância da idoneidade moral, notório saber jurídico e demais predicados exigidos para o exercício da judicatura no egrégio Superior Tribunal Militar. Trata-se, pois, de mecanismo de controle interorgânico, apto a resguardar a higidez institucional e a legitimidade das nomeações para cargos de elevada relevância na estrutura do Estado.
O que faz o Superior Tribunal Militar?
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O Superior Tribunal Militar é um tribunal que julga crimes cometidos por militares das Forças Armadas, como Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele decide, por exemplo, se um militar fez algo errado durante o serviço. É como um tribunal especial só para assuntos militares.
O Superior Tribunal Militar (STM) é um dos tribunais mais importantes do Brasil quando se trata de assuntos militares. Ele julga principalmente crimes militares cometidos por membros das Forças Armadas, como Exército, Marinha e Aeronáutica. Por exemplo, se um soldado ou oficial cometer um crime relacionado ao serviço militar, como desobediência a ordens ou abuso de autoridade, é o STM que vai decidir se ele deve ser punido ou não. O STM também pode revisar decisões de tribunais militares menores. Assim, ele funciona como uma espécie de "Supremo Tribunal" para questões militares.
O Superior Tribunal Militar (STM) é órgão de cúpula da Justiça Militar da União, incumbido de julgar, em grau de recurso, os crimes militares definidos em lei, praticados por membros das Forças Armadas. Compete-lhe, ainda, processar e julgar originariamente autoridades com prerrogativa de foro, bem como exercer funções administrativas e normativas no âmbito da Justiça Militar da União, nos termos da Constituição Federal e da legislação infraconstitucional.
O Superior Tribunal Militar, na qualidade de órgão judicante supremo da Justiça Castrense da União, exerce jurisdição sobre as lides penais militares, consoante as balizas traçadas pelo ordenamento constitucional pátrio, notadamente no art. 124 da Carta Magna. Compete-lhe, precipuamente, processar e julgar, em sede recursal ou originária, os delitos tipificados como militares, perpetrados por integrantes das Forças Armadas, resguardando, assim, a disciplina e a hierarquia castrenses, elementos basilares da estrutura militar. Sua composição mista, integrando militares de alta patente e civis, visa assegurar a ponderação e o equilíbrio nas decisões judiciais atinentes à seara militar.