IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Explicação
Juízes não podem receber nenhum tipo de ajuda financeira ou contribuição de pessoas ou empresas, seja qual for o motivo, a não ser que alguma lei permita isso de forma específica. Essa regra existe para evitar influências externas sobre o trabalho do juiz e garantir sua imparcialidade.
🤖
A IA pode cometer erros.
🤔
Relaxa IA! Errar é humano!
Perguntas Frequentes
Tire suas dúvidas:
Explicação do Trecho
Explicação
Juízes não podem receber nenhum tipo de ajuda financeira ou contribuição de pessoas ou empresas, seja qual for o motivo, a não ser que alguma lei permita isso de forma específica. Essa regra existe para evitar influências externas sobre o trabalho do juiz e garantir sua imparcialidade.
Perguntas
O que são "auxílios ou contribuições" nesse contexto?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
No trecho, "auxílios ou contribuições" são qualquer tipo de dinheiro, presente ou ajuda que alguém queira dar para um juiz. Pode ser de pessoas, empresas ou órgãos do governo. A regra serve para impedir que juízes recebam favores ou vantagens de fora, para não serem influenciados em suas decisões.
Nesse contexto, "auxílios ou contribuições" significam qualquer forma de benefício financeiro ou material que um juiz possa receber de outras pessoas, empresas ou entidades públicas. Isso inclui dinheiro, presentes, doações, ajudas para viagens, ou qualquer outro tipo de vantagem. A ideia é proteger o juiz de influências externas, para que ele possa julgar com total independência. Por exemplo, se uma empresa quisesse dar um presente caro a um juiz, isso seria proibido, pois poderia comprometer a imparcialidade do magistrado.
No contexto do art. 95, parágrafo único, inciso IV, da CF/88, "auxílios ou contribuições" referem-se a quaisquer vantagens patrimoniais, pecuniárias ou materiais, concedidas a magistrados por pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, independentemente de sua natureza ou finalidade, salvo as exceções previstas em lei. Tal vedação visa resguardar a independência e a imparcialidade do Poder Judiciário, prevenindo conflitos de interesse e corrupção.
No âmbito do art. 95, parágrafo único, inciso IV, da Constituição Federal de 1988, a expressão "auxílios ou contribuições" abarca toda e qualquer espécie de liberalidade, pecúnia, vantagem ou benefício material, conferidos a membros do Poder Judiciário, seja a título gratuito ou oneroso, por pessoas físicas, entes públicos ou privados, ex vi legis. Ressalvam-se, contudo, as hipóteses excepcionais expressamente previstas no ordenamento jurídico pátrio. Tal vedação consubstancia-se na salvaguarda da dignitas judicii, garantindo a incolumidade da imparcialidade e da independência funcional do magistrado, em consonância com os princípios basilares do Estado Democrático de Direito.
O que significa "ressalvadas as exceções previstas em lei"?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
A frase "ressalvadas as exceções previstas em lei" quer dizer que, mesmo que a regra geral seja proibida, existem casos especiais que alguma lei permite. Ou seja, normalmente o juiz não pode receber ajuda ou dinheiro de ninguém, mas se alguma lei disser que, em determinada situação, ele pode, então essa situação é uma exceção à regra.
Quando a lei diz "ressalvadas as exceções previstas em lei", está dizendo que existe uma regra geral (no caso, juízes não podem receber auxílios ou contribuições), mas que há algumas situações especiais, previstas em outras leis, em que isso é permitido. Por exemplo, imagine que existe uma lei que permita ao juiz receber um auxílio-mudança quando é transferido para outra cidade. Essa seria uma exceção prevista em lei. Portanto, a regra é a proibição, mas a própria lei pode criar exceções para casos específicos.
A expressão "ressalvadas as exceções previstas em lei" indica que a vedação estabelecida admite hipóteses excepcionais, expressamente autorizadas por normas legais específicas. Assim, a proibição de recebimento de auxílios ou contribuições por juízes não é absoluta, sendo possível apenas nos casos em que a legislação infraconstitucional expressamente permita, a exemplo de auxílios previstos em lei para determinadas situações funcionais.
A locução "ressalvadas as exceções previstas em lei" consubstancia cláusula de reserva legal, mediante a qual se excepciona a incidência da vedação normativa em hipóteses taxativamente delineadas pelo legislador ordinário. Trata-se de técnica legislativa que, ao estabelecer a proibição geral, admite, ex vi legis, a possibilidade de afastamento da vedação em situações específicas, previamente disciplinadas em diplomas legais próprios, em consonância com o princípio da legalidade estrita e da taxatividade das permissões.
Por que é importante proibir que juízes recebam esses auxílios ou contribuições?
Escolha quem deve responder
Simples
Didática
Técnica
Juridiquês
É importante proibir que juízes recebam qualquer tipo de ajuda ou dinheiro de pessoas ou empresas para garantir que eles sejam justos. Se um juiz recebesse dinheiro de alguém, poderia favorecer essa pessoa em um processo. Assim, a proibição serve para que todos confiem que o juiz vai decidir apenas com base na lei, sem influência de fora.
A proibição de juízes receberem auxílios ou contribuições existe para proteger a imparcialidade deles. Imagine se um juiz recebesse dinheiro ou presentes de alguém que tem um processo na Justiça. Isso poderia fazer com que o juiz se sentisse pressionado a decidir a favor dessa pessoa, mesmo sem querer. Por isso, a lei impede essas situações, para que os juízes possam tomar decisões justas, sem qualquer influência externa. Assim, todos podem confiar que a Justiça funciona corretamente.
A vedação ao recebimento de auxílios ou contribuições por magistrados, prevista no art. 95, parágrafo único, inciso IV, da CF/88, visa resguardar a imparcialidade e independência do Poder Judiciário. Tal restrição impede que interesses privados ou externos influenciem o julgamento das causas, prevenindo conflitos de interesse, corrupção e comprometimento da confiança pública nas decisões judiciais. Eventuais exceções somente são admitidas se expressamente previstas em lei.
A ratio legis subjacente à vedação insculpida no art. 95, parágrafo único, inciso IV, da Constituição Federal de 1988, reside na salvaguarda da dignitas judicis, bem como na preservação da indeclinável imparcialidade e independência funcional do magistrado. Ao obstar o recebimento, a qualquer título ou pretexto, de auxílios ou contribuições provenientes de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, o legislador constituinte buscou obstar eventuais influxos heterônomos e assegurar que o jus dicere se paute, exclusivamente, pelos ditames legais e constitucionais, eximindo o julgador de pressões espúrias ou interesses subalternos, salvo as exceções legalmente previstas.